Perfil psicológico de um atirador de escola

O perfil psicológico de um atirador de escola é complexo e pode variar significativamente de caso para caso. No entanto, alguns traços e características comuns têm sido observados em estudos e análises de diferentes incidentes envolvendo atiradores em escolas:

  1. Isolamento Social: Muitos atiradores de escola são descritos como pessoas que se sentem marginalizadas, solitárias e incapazes de se integrar socialmente. Eles frequentemente experimentam rejeição por parte de colegas e podem se sentir deslocados ou ignorados.
  2. Ressentimento e Raiva: Sentimentos intensos de raiva, frustração e ressentimento são frequentemente associados a atiradores de escola. Isso pode ser alimentado por experiências negativas de bullying, humilhação pública, ou um senso de injustiça percebida.
  3. Histórico de Bullying: Muitos atiradores de escola foram vítimas de bullying crônico e contínuo. O bullying pode desempenhar um papel significativo na acumulação de ressentimento e na deterioração da saúde mental dos indivíduos envolvidos.
  4. Problemas de Saúde Mental: Distúrbios psicológicos não tratados, como depressão, ansiedade, transtornos de personalidade e psicose, são frequentemente identificados em atiradores de escola. Esses distúrbios podem não apenas contribuir para a alienação social, mas também aumentar a probabilidade de comportamentos violentos.
  5. Obsessão com Armas e Violência: Alguns atiradores de escola demonstram um interesse doentio por armas de fogo e violência. Eles podem consumir conteúdo relacionado a tiroteios em massa, estudar casos anteriores ou até mesmo praticar com armas de fogo.
  6. Problemas Familiares ou Traumáticos: Histórias de abuso, negligência ou conflitos familiares intensos também foram identificados em alguns casos de atiradores de escola. Problemas domésticos podem contribuir para o desenvolvimento de distúrbios emocionais e comportamentos violentos.

É importante notar que o perfil psicológico de um atirador de escola não é uniforme e nem todos os indivíduos com essas características se tornam violentos. Muitos fatores podem interagir para precipitar um evento trágico, e cada caso geralmente envolve uma combinação única de fatores individuais, familiares, sociais e ambientais. A prevenção de tais incidentes geralmente envolve intervenções multifacetadas que abordam tanto as necessidades emocionais e mentais dos jovens quanto o ambiente escolar e social mais amplo.

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A MENTE PERTURBADA DE JEFF WEISE

“Sou uma pessoa pacífica.”

Jeffrey Weise foi o responsável pelo ataque à Red Lake Senior High School, em Minnesota nos EUA. Morando com seus avós em uma reserva indígena, ele passou por uma série de eventos negativos tanto na escola como em casa. Depressivo e sem amigos, ele deixou-se levar pelo mesmo caminho terrível de outros criminosos como ele. Espalhando sinais pela internet, e também fora dela, infelizmente ninguém percebeu a tempo o que estava para acontecer.

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AS GRAVAÇÕES DE UM PSICOPATA – DAVID FULLER

“Eu admito as acusações, mas eu não gostaria de entrar em detalhes.”

David Fuller foi o responsável por tirar a vida de 2 mulheres em 1987. Aquele homem comum, quase invisível, permaneceu longe do radar da polícia por mais de 30 anos. Com o avanço da tecnologia, ele foi preso. Porém, as coisas apenas pioraram a partir daquele momento. A polícia realizou uma busca na casa do criminoso, encontrando uma grande quantidade de HDs. Ali dentro, estavam documentados em vídeos e fotos todos esses últimos 30 anos das atividades de David. Atividades terríveis e perturbadoras.

A mente de Jim Jones

Jim Jones foi um líder religioso e fundador do Templo do Povo, uma seita conhecida por um dos maiores eventos de assassinato-suicídio em massa da história, ocorrido em Jonestown, Guiana, em 1978. Analisar o perfil psicológico de Jim Jones é complexo e controverso, mas alguns traços psicológicos podem ser destacados:

  1. Narcisismo e Messianismo: Jones exibia características de narcisismo, acreditando-se messiânico e único portador da verdade. Ele manipulava a crença dos seguidores de que ele era o único capaz de salvá-los.
  2. Carisma e Persuasão: Jones era altamente carismático e habilidoso em persuadir as pessoas a segui-lo. Utilizava técnicas de oratória eficazes e explorava as vulnerabilidades emocionais de seus seguidores para ganhar sua lealdade.
  3. Controle Mental e Manipulação: Jones usava técnicas de controle mental para subjugar os membros do Templo do Povo. Isolava-os de amigos e familiares, controlava informações e utilizava táticas de intimidação, criando uma dependência psicológica.
  4. Ideologia Política: O Templo do Povo inicialmente tinha uma inclinação política, advogando por igualdade racial e social. No entanto, a ideologia transformou-se em uma forma de controle autoritário, com Jones consolidando poder e criando um ambiente totalitário.
  5. Paranoia e Medo: Jones cultivava um clima de paranoia e medo dentro do Templo, criando a ideia de que a seita estava constantemente ameaçada. Isso servia para manter os membros em um estado de submissão e obediência.
  6. Problemas de Saúde Mental: Há especulações sobre possíveis problemas de saúde mental de Jim Jones, incluindo distúrbios psicopatológicos. No entanto, não há um diagnóstico formal, pois ele nunca foi avaliado por profissionais de saúde mental.
  7. Final Trágico: O episódio em Jonestown, onde mais de 900 seguidores morreram, evidencia o extremo controle que Jones exercia sobre eles. A ordem para o suicídio em massa sugere uma manipulação psicológica extrema e um líder disposto a levar seus seguidores à morte.

O perfil psicológico de Jim Jones é multifacetado e, em última análise, envolve uma combinação complexa de características de personalidade, estratégias manipuladoras e eventos históricos específicos. A compreensão de seu comportamento exige uma análise cuidadosa de diversos fatores que moldaram sua liderança e a dinâmica dentro do Templo do Povo.

 

Anders Breivik

Anders Behring Breivik é um terrorista norueguês que ficou conhecido por realizar os ataques de 22 de julho de 2011 na Noruega. Esses ataques foram considerados os mais mortíferos na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial. Breivik foi condenado por ter perpetrado dois atentados separados: um atentado a bomba no centro de Oslo e um massacre a tiros na Ilha de Utøya.

Aqui estão alguns pontos-chave sobre Anders Behring Breivik e os eventos de 22 de julho de 2011:

  1. Atentado a Bomba em Oslo:
    • No início da tarde de 22 de julho de 2011, uma bomba explodiu em um veículo estacionado perto da sede do governo norueguês em Oslo. O ataque resultou em oito mortes e causou extensos danos materiais.
  2. Massacre na Ilha de Utøya:
    • Poucas horas após o atentado a bomba, Breivik dirigiu-se para a Ilha de Utøya, onde um acampamento de verão da Juventude Trabalhista ocorria. Disfarçado como um policial, ele começou a atirar indiscriminadamente nos participantes, resultando em 69 mortes, a maioria deles jovens.
  3. Motivações Ideológicas:
    • Breivik alegou que os ataques tinham motivações políticas e foram realizados como uma forma de protesto contra a imigração muçulmana na Europa e o que ele considerava como “marxismo cultural”. Ele expressou opiniões extremistas de direita em um manifesto online chamado “2083: Uma Declaração Europeia de Independência”.
  4. Prisão e Julgamento:
    • Após os ataques, Breivik se entregou à polícia e foi preso. Ele admitiu os atentados, mas inicialmente se declarou inocente, alegando que agiu em legítima defesa de seu povo contra o que ele percebia como uma invasão muçulmana. No julgamento, ele foi considerado mentalmente responsável e culpado.
  5. Condenação e Sentença:
    • Em agosto de 2012, Anders Breivik foi condenado a 21 anos de prisão, com possibilidade de extensão indefinida enquanto fosse considerado perigoso para a sociedade. Em 2016, a Corte de Apelação da Noruega manteve a condenação, mas aumentou sua pena para 21 anos, com possibilidade de prorrogação.
  6. Isolamento na Prisão:
    • Breivik cumpre sua sentença em isolamento na prisão de segurança máxima de Skien. Sua situação de prisão tem sido objeto de debate, envolvendo questões de direitos humanos e a extensão do isolamento.

Os ataques de Anders Breivik na Noruega chocaram o país e o mundo, gerando debates sobre terrorismo de extrema-direita, segurança nacional e os limites da liberdade de expressão. O caso também levantou questões sobre a prevenção de ataques terroristas e a resposta a ideologias extremistas.

Carta atirador Wellington de Menezes

Timothy McVeigh

Timothy McVeigh foi um terrorista norte-americano responsável pelo atentado a bomba em Oklahoma City, em 19 de abril de 1995. Nesse ataque, um caminhão-bomba explodiu em frente ao Edifício Federal Alfred P. Murrah, resultando na morte de 168 pessoas, incluindo 19 crianças, e deixando centenas de feridos. Esse atentado foi o pior ataque terrorista doméstico na história dos Estados Unidos até os ataques de 11 de setembro de 2001.

A motivação de McVeigh estava ligada a suas crenças extremistas anti-governo e anti-autoridade. Ele era um ex-militar do exército dos Estados Unidos, tendo servido durante a Guerra do Golfo em 1991. McVeigh ficou profundamente desiludido com o governo federal, especialmente após o incidente de Ruby Ridge em 1992 e o cerco à seita de David Koresh em Waco, Texas, em 1993. Ele acreditava que o governo estava se tornando tirânico e que era seu dever agir em resistência.

Timothy McVeigh foi preso pouco depois do atentado e posteriormente julgado. Em 1997, ele foi condenado à pena de morte. McVeigh foi executado por injeção letal em 11 de junho de 2001, na Penitenciária Federal dos Estados Unidos em Terre Haute, Indiana.

O atentado de Oklahoma City teve profundas repercussões na sociedade norte-americana, levando a um aumento na conscientização sobre a ameaça do terrorismo doméstico. O evento também influenciou a legislação antiterrorista nos Estados Unidos e as práticas de segurança em edifícios públicos.

Embora McVeigh tenha agido sozinho no atentado, sua ideologia refletia uma crescente preocupação com ações de extremistas internos nos Estados Unidos. O caso de Timothy McVeigh destaca a importância do monitoramento e da prevenção de extremismo e terrorismo doméstico em qualquer sociedade.

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O MASSACRE DO SHOPPING WESTROADS – ROBERT HAWKINS

“Eu apenas surtei.”
Robert Hawkins foi o responsável pelo ataque ao shopping Westroads em Nebraska. Deixando o elevador no terceiro andar da Von Maur, o criminoso disparou contra clientes e funcionários. Aquele terrível ataque durou 6 minutos, tirando a vida de 8 pessoas. Passando parte de sua vida internado para o acompanhamento de seus transtornos, Robert exibiu comportamento agressivo desde muito cedo. Depressivo e sem perspectiva de futuro, ele caminhou para dentro daquele shopping com um único objetivo. Espalhar caos e destruição.

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A SE1TA QUE M4T0U MIL – JIM JONES – CRIME S/A

Jim Jones. Talvez o nome mais famoso quando se fala de religião e crime. Fundador e líder da igreja Templo dos Povos, Jim Jones conseguiu criar uma teia de paranóia em grupo, convencendo seus seguidores e se mudarem com ele para uma nova cidade batizada de Jonestown que ele construiu em pela selva Amazônica dentro da Guiana, antiga Guiana Inglesa. Em 1979, tudo culminou em uma das cenas mais dantescas da História do homem moderno já registradas. Confira os detalhes desse caso na conversa que tenho com o psicólogo Dr Carlos de Faria.

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A CELA DE ROBERT MAUDSLEY

“Não importa para eles se eu sou louco ou mau.”
Robert Maudsley é considerado o preso mais perigoso da história da Inglaterra. Cometendo a maior parte dos seus crimes já dentro da prisão, ele recebeu o apelido de “O Lobo de Wakefield”. Tendo como alvo outros criminosos, seus ataques foram tão violentos que até uma colher foi encontrada dentro do crânio de uma de suas vítimas. Para proteger os outros presos e também os funcionários, uma cela especial abaixo do solo foi construída para Robert. Permanecendo 23h por dia dentro daquele espaço, sua história inspirou a criação do personagem Hannibal Lecter em O Silêncio dos Inocentes.