Olho pras luzes dos postes
O asfalto molhado denuncia o drama
Você pede que não encostes
No seu corpo feito de pus e lama
Quantos dias se passaram desde aquele dia
Hibernado entre as trevas
Daquela noite pálida e sombria
Sem dia, sombria, ainda lembro das relvas
Que mais pareciam a selva do seu olhar
Taças e punhais, chuva e cristais
Não sobrou nada a se espelhar…
Dramas da vida moderna, abra a perna
Eles observam dos vitrais…
O seu inexistente despertar…nunca mais em você entrou ar.
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