Pátria Educadora é uma trilogia sobre a educação no Brasil. Mais do que isso, é também uma denúncia contra o sistema de ensino brasileiro, repleto de ideologias políticas.
Três vertentes educacionais podem ser vistas na história do país:
A educação católica, que estava com o ensino religioso restringido desde o fim da monarquia, mas que volta no governo de Getúlio Vargas;
A educação comunista com doutrina marxista;
A Pedagogia da Escola Nova, pública, gratuita e laica, com o dever de preparar o aluno para o mercado de trabalho – uma herança do pragmatismo.
Muitas formas de educar defendiam o papel do Estado na educação Brasileira e consideravam o método mais importante que o conteúdo.
No governo de Getúlio Vargas, que precisava do apoio da população católica, Gustavo Capanema foi escolhido para Ministro da Educação, estando entre os mais longevos da história. Foi ele que convidou nomes como Carlos Drummond de Andrade e Graciliano Ramos para participar dos projetos educacionais.
Ao longo da história do Brasil, o nome que mais se destacou, porém, foi o de Paulo Freire e este episódio de Pátria Educadora conta a sua história de vida, indo do nascimento à morte e abordando os desdobramentos de sua pedagogia do oprimido.
O desenvolvimento pedagógico freireano via o aluno como um alienado. Pregava a politização da educação. Freire queria a alfabetização sendo feita a partir de palavras do contexto da vida dos alunos, palavras geradoras. A partir delas, atingir-se-ia um nível de consciência social, consciência de classe.
O aluno oprimido deveria se libertar do processo de alfabetização alienante passado até então.
No método de Paulo Freire, o ensino é uma transferência de saber do professor para o aluno, mas uma conscientização anticapitalista e a favor da revolução. Seu livro Pedagogia do Oprimido é praticamente um manual do guerrilheiro educador.
O desenvolvimento dessa história se dá em Angicos, onde Paulo Freire rapidamente conseguia alfabetizar adultos com o seu método. Seu plano de alfabetização foi um sucesso, e se expandiu com os cargos que Freire tinha no Conselho Mundial de Igrejas e na UNESCO.
Tendo contato com grandes nomes da esquerda revolucionária e com as consequências de Maio de 68, tem início a educação de esquerda, voltada para a crítica.
Neste episódio, é esclarecido também como o projeto pedagógico de Paulo Freire se relaciona a Revolução Cultural Chinesa e como ele participou da fundação do Partido dos trabalhadores (PT).