Perfil Psicológico de um Chikan

O termo “chikan” é usado no Japão para descrever indivíduos que cometem assédio sexual ou tocam outras pessoas de forma inapropriada em locais públicos, especialmente em trens lotados. Embora o comportamento de um chikan seja criminoso e condenável, uma análise psicológica busca entender os fatores que podem levar a essas ações. O perfil psicológico de um chikan pode variar, mas algumas características gerais e padrões comportamentais podem ser observados.


Perfil Psicológico

  1. Fatores de Controle e Poder:
    • Desejo de Controle: Muitos chikans agem motivados pelo desejo de exercer controle ou poder sobre suas vítimas. O ato pode ser menos sobre atração sexual e mais sobre a sensação de dominar e invadir o espaço pessoal de outra pessoa.
    • Anseio por Impunidade: A percepção de anonimato em espaços lotados, como trens, e a possibilidade de escapar sem consequências reforçam o comportamento.
  2. Fatores de Gratificação Sexual:
    • Alguns chikans obtêm gratificação sexual diretamente do ato de tocar ou intimidar as vítimas. Isso pode ser associado a desvios sexuais, como o transtorno de fetichismo ou o transtorno de voyeurismo, onde a excitação sexual está ligada a situações não consensuais ou invasivas.
  3. Problemas de Autoestima:
    • Muitos indivíduos que se envolvem em comportamentos como o de um chikan têm baixa autoestima e uma incapacidade de formar relações saudáveis e consensuais. Eles podem buscar satisfação sexual ou emocional em situações que não exigem interação direta ou emocional com a vítima.
  4. Fatores Psicossociais e Culturais:
    • Normas de Gênero e Cultura: No Japão, o comportamento dos chikans pode ser parcialmente influenciado por normas culturais de gênero que historicamente minimizam a importância da autonomia das mulheres. Apesar de campanhas públicas contra o assédio, a prevalência do problema sugere falhas na conscientização e no sistema de punição.
    • Oportunidade: A superlotação nos trens e a dificuldade de as vítimas identificarem os perpetradores criam condições propícias para que os chikans atuem.
  5. Traços de Antissocialidade:
    • Muitos chikans exibem traços antissociais, como falta de empatia pelas vítimas e desrespeito pelas normas sociais. Esse comportamento pode ser encontrado em indivíduos com Transtorno de Personalidade Antissocial, embora nem todos os chikans se enquadrem nessa categoria.
  6. Fatores Psicológicos e Desvios Sexuais:
    • Alguns chikans podem apresentar transtornos parafílicos, como:
      • Frotteurismo: Excitação sexual decorrente do ato de esfregar-se em outra pessoa sem consentimento, especialmente em espaços públicos.
      • Exibicionismo: Em alguns casos, o comportamento do chikan pode envolver a exposição de partes íntimas.

Motivações Comuns

  1. Sensação de Excitação e Risco:
    • O ato é frequentemente alimentado pela adrenalina e pela excitação sexual associada ao risco de ser pego.
  2. Busca de Gratificação Instantânea:
    • Diferente de relacionamentos consensuais, o comportamento de um chikan é impulsivo, sem esforço ou compromisso emocional.
  3. Desconexão Social:
    • Indivíduos que têm dificuldade em estabelecer conexões sociais saudáveis podem recorrer a comportamentos desrespeitosos para satisfazer suas necessidades emocionais ou sexuais.

Impacto e Riscos Psicológicos

  1. Para as Vítimas:
    • Ansiedade, medo de usar transporte público e transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) são consequências comuns para as vítimas de chikans.
  2. Para o Chikan:
    • Repetição do comportamento pode levar ao reforço do desvio sexual, maior desconexão social e, em alguns casos, problemas legais graves.

Possíveis Diagnósticos

Embora um diagnóstico formal exija avaliação clínica, chikans podem apresentar traços relacionados a:

  • Transtornos Parafílicos: Incluindo frotteurismo, exibicionismo e voyeurismo.
  • Transtorno de Personalidade Antissocial: Caracterizado pela violação dos direitos alheios.
  • Transtornos de Impulso: Impulsividade e incapacidade de resistir ao comportamento indesejado.

Prevenção e Intervenção

  1. Educação e Consciência:
    • Campanhas públicas para conscientizar a população sobre o problema podem ajudar a reduzir a tolerância social ao comportamento de chikans.
  2. Punição e Vigilância:
    • Aumentar as penalidades legais para chikans e melhorar os sistemas de vigilância em transporte público podem atuar como dissuasores.
  3. Tratamento Psicológico:
    • Intervenções terapêuticas, como terapia cognitivo-comportamental (TCC), podem ajudar indivíduos que apresentam comportamentos parafílicos ou impulsividade.
  4. Apoio às Vítimas:
    • Criar mecanismos de denúncia acessíveis e oferecer suporte psicológico às vítimas são passos essenciais.

Conclusão

O comportamento de um chikan é multifacetado, envolvendo aspectos psicológicos, sociais e culturais. Embora fatores como desvios sexuais e baixa autoestima possam desempenhar um papel, é fundamental abordar as condições ambientais e culturais que facilitam esse comportamento. Uma resposta abrangente que inclua conscientização, punição e reabilitação pode ajudar a combater o problema.

Conheça 11 parafilias

 

  1. Exhibitionismo: Excitação sexual ao expor os genitais a estranhos.
  2. Voyeurismo: Excitação ao observar outras pessoas nuas ou envolvidas em atividades sexuais.
  3. Fetichismo: Atração sexual por objetos inanimados ou partes do corpo específicas.
  4. Frotteurismo: Excitação sexual através do toque não consensual ou esfregar-se contra outras pessoas.
  5. Pedofilia: Atração sexual por crianças pré-púberes.
  6. Masoquismo: Excitação sexual ao receber dor ou humilhação.
  7. Sadismo: Excitação sexual ao infligir dor ou humilhação a outros.
  8. Zoofilia: Atração sexual por animais.
  9. Necrofilia: Atração sexual por cadáveres.
  10. Coprofilia: Atração sexual por fezes.
  11. Urofilia: Excitação sexual relacionada a urina.

É importante notar que muitas parafilias não são consideradas transtornos a menos que causem sofrimento significativo para a pessoa ou envolvam comportamentos ilegais ou prejudiciais para outros. O estudo das parafilias é complexo e sensível, e a compreensão delas deve ser realizada com cuidado, considerando o contexto clínico e ético.

Vídeo

A Dama do Lotação (1978) COMPLETO – 1080p

https://www.youtube.com/watch?v=UhbaStl2eHo

Carlos (Nuno Leal Maia) e Solange (Sônia Braga) se amam desde jovens e, após um casto namoro, se casaram. Na noite de núpcias, Solange se recusa a fazer amor com ele. O marido implora e sem sucesso, em um acesso de raiva, estupra a esposa. Solange afirma que o adora, mas nos meses que se seguiram ao casamento ela não pode ser tocada por Carlos. Para provar a si mesma que não é frígida, começa uma rotina diária de seduzir homens que ela nunca viu nem verá novamente e nem mesmo sabe seus nomes. Além disto, ela tem relações com o melhor amigo de Carlos e até mesmo com seu sogro (Jorge Dória). Carlos entende que ela é infiel e, armado, confronta Solange. Enquanto isso, ela busca ajuda psiquiátrica, pois não sente nenhum remorso.

A DAMA DO LOTAÇÃO:

Data: 17 de abril de 1978
Duração: 1h 30min
Direção: Neville D’Almeida.
Roteiro Nelson Rodrigues, Neville D’Almeida.
Elenco: Sônia Braga, Nuno Leal Maia, Jorge Dória, Paulo César Pereio, Cláudio Marzo, Yara Amaral.
Gênero: Drama erótico.

Antolagnia

Excitação sexual causada pelo cheiro das flores. Está intimamente relacionado com a dendrofilia, onde a satisfação é obtida esfregando-se contra as árvores.

Antolagnia é uma  estranha afiliação sexual  que poucas pessoas podem entender, exceto aqueles que sofrem com isso. É quando uma pessoa sente prazer e chega a sentir prazer sexual e até experimenta um orgasmo ao cheirar uma flor. Não importa se é uma flor específica ou se são simplesmente flores.

Quando uma pessoa tem antolagnia, ela depende desse comportamento sexual para encontrar excitação e orgasmo. Pessoas com essa condição atingem o orgasmo apenas se sentirem o cheiro de flores; se eles estão fazendo sexo sem a chance de cheirar flores, eles provavelmente não sentirão o mesmo prazer e não passarão pelo ato.

As vantagens e desvantagens dessa afiliação sexual dependerão das pessoas; se a pessoa com quem as relações sexuais são compartilhadas o entende ou não, se o ambiente o respeita ou não. Normalmente esse tipo de comportamento é realizado em silêncio por medo do que os outros possam pensar.

A vantagem que a antolagnia pode ter é que desfrutar do sexo de uma forma diferente, tanto sozinho quanto em companhia, é uma forma de experimentar o sexo e o prazer de forma atípica. Mas tem uma grande desvantagem e é que a pessoa que sofre com isso pode depender demais desse comportamento para conseguir atingir o orgasmo ou desfrutar das relações sexuais.

Outra das desvantagens ou inconvenientes desse tipo de filiação sexual é que nem todos conseguem entender que gostam de cheirar flores para atingir a excitação sexual. Também é provável que julguem e pensem que sempre que você cheira uma flor você tem um orgasmo, sem entender que nem sempre tem que ser assim. Há pessoas que, talvez por desconhecimento do que são as afiliações sexuais, podem rotulá-las como estranhas ou estranhas, mas o que importa é sentir-se bem e desfrutar do sexo pessoal e não daquele imposto pela sociedade.

Se esse comportamento de cheirar flores e relacioná-lo ao sexo pode causar problemas em sua vida social, com seu parceiro, ou você simplesmente não se sente bem em vivenciar esse comportamento, então o melhor é consultar um especialista em psicologia para receber orientações no processo parar de depender do cheiro das flores.

Conceito de Hibristofilia

A hibristofilia é um tipo de atração sexual peculiar, pois consiste em sentir desejo sexual por pessoas perigosas ou que diretamente se encontram fora da lei, ou seja, por criminosos. Em termos coloquiais, pode-se dizer que a hibristofilia significa sentir-se atraído pela maldade de alguns indivíduos, por exemplo, assassinos, mafiosos, pessoas violentas, assaltantes, etc. 

Duas versões da hibristofilia 

A hibristofilia é uma das inúmeras parafilias existentes. As parafilias são todas as tendências sexuais das quais os indivíduos não sentem prazer através do coito, mas praticando algum comportamento alternativo, por exemplo, voyeurismo, fetichismo, gerontofilia, odaxelagnia, sadismo, entre outras parafilias. 

A hibristofilia apresenta duas variantes 

1) A passiva, que consiste em sentir atração sexual por criminosos, mas sem manifestar nenhum desejo por cometer esses atos;

2) A ativa, que consiste em excitar-se sexualmente com algum criminoso e ao mesmo tempo adotar uma atitude propensa ao delito, ou seja, tornar-se um cúmplice do delinquente. 

Questões relevantes da hibristofilia 

Esta parafilia é mais habitual entre mulheres do que em homens. Mais especificamente, as mulheres com esta tendência costumam ser heterossexuais.

Do ponto de vista da psicologia, a hibristofilia começou a popularizar-se como termo a partir da década de 1950, quando foram relatados alguns casos de assassinos em série que recebiam cartas de admiradoras durante sua estância na prisão.

O vocábulo hibristofilia vem do grego hybris, que pode ser entendido como uma soberba desproporcional, por outro lado, a palavra filia significa amor. Assim, esta tendência sexual expressa uma desproporção emocional, pois sentir atração (e em certas ocasiões amor) por um estuprador ou um esquartejador vai contra os princípios do amor romântico convencional. 

Possíveis explicações da hibristofilia 

Os psicólogos e sexólogos não têm uma explicação definitiva e conclusiva sobre esta estranha parafilia. Entretanto, considera-se que a hibristofilia tem relação com a atração que algumas mulheres sentem pelo “mal”. Por outro lado, o desejo sexual por homens que vivem fora da lei, tem relação com a atração pelo perigo e por emoções fortes.

Em alguns casos, os especialistas em comportamento humano afirmam que a hibristofilia de algumas mulheres se conecta ao desejo de proteger um criminoso com o fim de redimi-lo. 

 

Conceito de Hierofilia e Anoferolastia

A anoferolastia e a hierofilia são dois conceitos estreitamente relacionados. Ambos são parafilias, pois se referem às inclinações sexuais atípicas e com um componente de perversão, paralelamente, estes dois conceitos se referem à excitação sexual dirigida a algo sagrado. 

A anoferolastia é uma parafilia que consiste na excitação sexual através da profanação de algum símbolo sagrado 

Com este comportamento se obtém prazer sexual pelo fato de profanar algo considerado santo ou sagrado. Em outras palavras, quem tem esta tendência sexual se excita quando trata de maneira desrespeitosa um elemento que tem um simbolismo religioso ou espiritual, como a Bíblia, o crucifixo, um túmulo ou santuário. 

A peculiaridade deste comportamento é a ausência de um ato sexual concreto. Deve-se destacar que na maioria das parafilias, costuma-se dar uma sexualidade explícita mesmo que seja diferente da sexualidade convencional. Por exemplo, no sadismo, na efebofilia e na pedofilia existe uma excitação sexual óbvia que muitas vezes vem acompanhada por uma relação erótica. 

A hierofilia 

No caso da hierofilia o apetite sexual é incentivado da mesma forma por algum elemento sagrado 

No entanto, a excitação não está associada à profanação do sagrado, mas sim por outros comportamentos: disfarçar-se de padre ou freira antes da prática sexual, manter relações em uma igreja ou sentir atração por alguém que está rezando. 

O lado oposto da hierofilia é a hierofobia, ou seja, uma aversão irracional para qualquer coisa que tenha simbolismo religioso. 

A origem das parafilias e sua aceitação social

Os estudiosos em sexualidade humana têm tentado explicar as parafilias. Para alguns, é um comportamento digressivo cuja origem se refere a algum trauma da infância. Outros argumentam que são mecanismos de defesa contra algo que provoca ansiedade. Há sexólogos que acreditam que certas parafilias são transtornos mentais. 

Independentemente das interpretações sobre sua origem, nem todas as parafilias devem ser valorizados por igual, pois algumas são moderadas e até mesmo socialmente aceitas, por exemplo, o voyeurismo não agressivo é uma prática generalizada que se encaixa dentro do “normal”, enquanto outras parafilias são realmente perturbadoras, como é o caso da anoferolastia e da hierofilia.