Conceito de Fantasia para Freud

Para Freud, o conceito de fantasia desempenha um papel crucial em sua teoria psicanalítica, especialmente na compreensão da vida mental inconsciente dos indivíduos. A fantasia, segundo Freud, refere-se a representações mentais criadas pelo sujeito para satisfazer desejos e impulsos que não podem ser realizados na realidade ou que são socialmente inaceitáveis.

Existem dois principais tipos de fantasias na teoria freudiana:

  1. Fantasias Inconscientes: São conteúdos mentais que residem no inconsciente e são formados a partir de impulsos, desejos e memórias reprimidas. Essas fantasias podem ser expressões simbólicas de desejos sexuais ou agressivos, muitas vezes derivados de experiências infantis ou traumáticas. Por exemplo, um indivíduo pode fantasiar sobre poder, controle ou dominação como uma forma de lidar com sentimentos de inadequação ou impotência.
  2. Fantasias Conscientes: São imagens mentais criadas conscientemente para escapar da realidade ou para satisfazer necessidades emocionais ou intelectuais. Essas fantasias podem envolver cenários de sucesso, romance, poder, aventura ou qualquer outra situação desejada. Ao contrário das fantasias inconscientes, essas são mais acessíveis à consciência e podem ser discutidas e analisadas diretamente.

Freud argumentava que as fantasias desempenham um papel significativo no desenvolvimento psicológico individual, ajudando a compensar frustrações ou a lidar com conflitos internos. Elas servem como uma via para a expressão de desejos reprimidos e como um mecanismo de defesa psicológica contra ansiedades e tensões emocionais.

Além disso, Freud via as fantasias como uma forma de comunicação simbólica, onde o conteúdo manifestado nas fantasias pode revelar aspectos importantes da psique do indivíduo. Ao analisar as fantasias de um paciente, o psicanalista pode descobrir significados ocultos, conflitos não resolvidos e padrões de comportamento subjacentes que contribuem para o sofrimento psicológico.

Em resumo, para Freud, a fantasia não é apenas uma fuga da realidade, mas uma expressão profunda dos desejos e conflitos internos que moldam a vida mental de um indivíduo.

 

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DEBATE: Freud x Jung e a religião

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“O futuro de uma ilusão” e “Totem e tabu”, de Sigmund Freud “A psicologia da religião” e “Memórias, sonhos, reflexões”, de Carl Gustav Jung

 

12 dos Livros de Freud mais famosos e influentes de todos os tempos

Sigmund Freud – Arte, literatura e os artistas ( pdf baixar download ebook )

O que a Psicanálise tem a dizer sobre a arte, a literatura e os artistas? Ou, por outro lado: em que medida o que aprendemos com a arte, com a literatura e com os artistas pode nos abrir caminhos na clínica psicanalítica? Que aproximações podemos fazer entre o trabalho do artista e o do psicanalista? Em que eles se distanciam? Tem a arte o poder de atenuar o sofrimento psíquico? Possui o artista uma melhor disposição para sublimar?

Os textos reunidos nesta coletânea constituem a quase totalidade das incursões de Freud nesses domínios e contêm os principais elementos para responder a essas indagações. Mas qual o estatuto dessas incursões? É como leigo que o criador da Psicanálise investiga os processos criativos do poeta ou enfrenta o problema clássico do estatuto da “catarse”? É por puro diletantismo que ele aborda uma lembrança de infância de Leonardo da Vinci ou uma de Goethe? O que dizer da cuidadosa leitura do mármore, atenta aos detalhes quase imperceptíveis do Moisés de Michelangelo e dos paradoxos da sublimação nele implicados? Por que razões Freud recorre a Shakespeare quando se trata de abordar as metamorfoses do desejo e as modificações da imagem da mãe ao longo da vida, ou a Dostoiévski quando aborda os mecanismos de atenuação e ocultamento do desejo de morte do pai? O que as diferenças entre o chiste, o cômico e o humor nos ensinam sobre o Supereu? Completam a coletânea um dos mais belos textos de Freud, que narra um passeio em companhia do poeta Rainer Maria Rilke e de Lou Andreas-Salomé e, ainda, o discurso proferido quando recebeu o Prêmio Goethe.

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Dicas para estudar os textos freudianos

Esse vídeo é para aqueles que sempre estão nos altos e baixo na aprendizagem da teoria psicanalítica.

O legado de Freud: Aaron Beck, Eric Kandel, Steven Roose e Peter Fonagy

Eric Kandel: neuropsiquiatra, laureado em 2000 com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina por seu estudo das bases moleculares da memória, das mais simples células nervosas (presentes na lesma-do-mar ‘Aplysia californica’, animais com o sistema nervoso mais simplificado capaz de aprendizagem), até as células nervosas do cérebro humano envolvidas na memória e no aprendizado. Autor de “Princípios de Neurociências” (McGraw-Hill, 2014), grosso volume, básico e clássico em todas as formações em neurociência do mundo.

Aaron Beck: psiquiatra, professor emérito da Universidade da Pensilvânia, formulador da Terapia Cognitiva, de teorias indispensáveis no estudo clínico das depressões e das amplamente utilizadas Escalas de Beck, como o Inventário de Depressão de Beck (BDI) e o Inventário de Ansiedade de Beck (BAI), de importância ímpar para a Psiquiatria e a Psicologia Clínica. É atualmente o Presidente do Beck Institute for Cognitive Behavior Therapy e Presidente Honorário da Academy of Cognitive Therapy. Entre seus livros de destaque (todos livro-textos nas universidades de todo o mundo para as ciências do cérebro e do comportamento) encontram-se “Depressão” (Artmed, 2011), “Terapia Cognitiva da Esquizofrenia” (Artmed, 2010), “Terapia Cognitiva dos Transtornos da Personalidade” (Artmed, 2005) e “Terapia Cognitivo-Comportamental para Pacientes Suicidas” (Artmed, 2010).

Steven Roose: professor de Psiquiatria Clínica no College of Physicians & Surgeons da Universidade de Columbia e Diretor da Neuropsychiatry Research Clinic no New York State Psychiatric Institute. Fez importantes contribuições para a psicobiologia dos transtornos afetivos, em especial sobre as relações entre doenças cardiovasculares e a depressão e sobre o tratamento da depressão tardia. É formado psicanalista pelo Center for Psychoanalytic Training and Research da Universidade de Columbia.

Peter Fonagy: psicólogo clínico e psicanalista, é professor (Freud Memorial Professor of Psychoanalysis) e chefe do Departamento de Psicologia Clínica, Educacional e da Saúde no University College London. Também é o chefe-executivo do Anna Freud Centre. Seus interesses centram-se na pesquisa clínica do Borderline, da Teoria do Apego e da violência e, pioneiramente, realizou estudos relacionando psicologia experimental e psicanálise. É um dos principais expoentes da psicanálise contemporânea.

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