Estudo relaciona participação em gangues e depressão

Crianças que decidem se juntar a gangues têm maior probabilidade de sofrer de depressão e pensamentos suicidas — e esses problemas de saúde mental só pioram depois que elas entram, segundo um novo estudo coautorado por um criminologista da Universidade Estadual de Michigan.

A filiação a gangues está associada a maiores níveis de depressão, bem como a um aumento de 67% nos pensamentos suicidas e de 104% nas tentativas de suicídio.

“Jovens que se juntam a uma gangue têm muito mais probabilidade de ter problemas de saúde mental, e fazer parte da gangue, na verdade, piora a situação”, disse Chris Melde, professor associado de justiça criminal da MSU. “Não funciona como um antidepressivo. E algumas pessoas podem estar buscando isso – uma sensação de bem-estar ou propósito.”

Com cerca de 850.000 membros nos Estados Unidos, as gangues continuam sendo um problema “teimosamente persistente”, segundo o Departamento de Justiça. Muitos jovens – especialmente jovens pobres e de minorias – ingressam em gangues para escapar de dificuldades em troca de dinheiro, proteção, status ou um sentimento de pertencimento que não encontram em casa, na escola ou em qualquer outro lugar.

Mas Melde estuda gangues juvenis há anos e não encontrou benefícios perceptíveis. Por exemplo, a taxa de abuso de substâncias e vitimização violenta só aumenta depois que os jovens ingressam em gangues.

No estudo mais recente, Melde e Adam Watkins, da Universidade Estadual de Bowling Green, analisaram dados de pesquisas nacionais com mais de 11.000 estudantes do ensino fundamental e médio. Jovens que se juntaram a gangues apresentaram níveis significativamente mais altos de depressão e pensamentos suicidas do que aqueles que não se juntaram a gangues. Além disso, a participação em gangues agravou muito esses problemas subjacentes.

“Se você pensa em pertencer a uma gangue como um mecanismo de enfrentamento – uma tentativa de lidar com as dificuldades que a vida lhe impõe –, isso não funciona”, disse Melde. “Os jovens entram para gangues por motivos, mas quando tentamos encontrar os benefícios – seja para proteção, um senso de valor, seja lá o que for – descobrimos que isso, na verdade, piora ainda mais um problema já significativo na vida deles.”

Vídeo

ROMANTIZAÇÃO do GORE

Já faz um tempo que eu venho percebendo a onda de pessoas que consomem conteúdo gore na internet. E recentemente um site chamado Portal do Zacarias tem ficado bastante popular em redes sociais como o TikTok, com um dos vídeos mais falados intitulado Mangue 937. Nesse vídeo eu discuto um pouco as consequências de consumir isso diariamente e no fim faço uma entrevista com uma amiga que assistia essas coisas até pouco tempo, mas que conseguiu parar.

Violência Intrafamiliar – Orientações para a prática em serviço – pdf baixar download

Cartilha lançada pelo Ministério da Saúde tratando sobre Violência Intrafamiliar

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Adrian Raine sobre as bases biológicas do comportamento violento

Adrian Raine, psicólogo, professor de Psicologia, Psiquiatria e Criminologia na Universidade da Pensilvânia (UPENN), fala sobre os aspectos biológicos determinantes do comportamento de criminosos e pessoas violentas. A ética científica, a questão livre-arbítrio vs. determinismo no estudo do comportamento, e as implicações políticas e jurídicas de se estabelecer determinantes naturais para uma pessoa tornar-se violenta e, possivelmente, criminosa são abordados nesta esclarecedora, porém delicada conversa.

Se aceitarmos que fatores genéticos, fisiológicos e sociais são os determinantes do comportamento de uma pessoa, corremos o risco de não responsabilizar mais ninguém por seus crimes cometidos? A natureza humana é perdida se abandonarmos o conceito de livre-arbítrio? Ou melhor: nós podemos ou devemos abandonar o conceito de livre-arbítrio ante os avanços em Neurociências e Neurocriminologia? Além disso, ele também fala sobre o que podemos aprender com suas áreas de pesquisa e de trabalho – Psicologia, Psiquiatria e Criminologia – e como podemos mesclar o conhecimento delas em uma maior compreensão de nossa natureza.

Seu livro, “A Anatomia da Violência”, está traduzido para o português e publicado pela Editora Artmed. 

Este vídeo possui a única intenção de divulgação científica; ele possui Direitos Autorais no original que, acreditamos, não ultrapassamos ao inserir a legenda. A legendagem ocorreu com o rigor exigido por uma responsabilidade como esta e o propósito é, somente, contribuir com professores, alunos e interessados em seu conhecimento sobre as ciências do cérebro e do comportamento.

This video has the sole intention of popularizing science. This video is copyrighted in the original – copyright has not been tampered, we believe, by inserting subtitle. The subtitling was done with the rigor required in a responsibility like ours. Our purpose is merely to contribute with teachers, students and interested in their knowledge of the science of the brain and behavior. The video was originally posted on YouTube by University of Pennsylvania.